Este aforamento foi feito na vila de Colares a doze de Dezembro de 1499, na presença de Fernão Martins, escudeiro da Casa d'el-Rei, e seu almoxarife no almoxarifado da vila de Sintra, e de Fernão Lopes, escudeiro do dito Senhor e escrivão do dito almoxarifado. Atendendo a que o rei tinha feito mercê por uma carta de fé e crença de D. Nuno, fidalgo da casa do dito Senhor, e seu almotacé-mor, que o meteu nessa posse. El-rei o mandou por D. Pedro de Castro do seu Conselho e vedor de sua fazenda. André Pires a fez.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo
No dia 5 de Outubro, de 2010, aquando do Centenário da Proclamação da República Portuguesa, as Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra quiseram associar-se a esta efeméride resultando daí uma festa com a grandiosidade que a data merecia.
Por motivos diversos, houve músicos que não puderam estar presentes. De qualquer forma é possível ver acima as centenas de filarmónicos que deram o seu contributo para que tudo corresse da melhor forma.
Este ano foi levado a efeito a organização do IV Encontro de Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra, em anos consecutivos, o que confirma a força da filarmonia do concelho de Sintra.
A força da união de vontades que é uma forte força.
Assim seja reconhecida.
Amanhã, 10 de Janeiro, domingo, o Sport União Colarense comemora o seu 77º Aniversário. Haverá uma Sessão Solene, seguindo-se um beberete.
Foi nesta casa que comecei a minha ligação ao movimento associativo. Éramos dezenas, chegámos a ultrapassar a casa da centena de atletas.
A seguir ao 25 de Abril, houve um grande boom de provas de atletismo, havendo um resumo na televisão todos os fins-de-semana, o que diz do significado desta modalidade na época. Ganhámos muitos troféus, levámos o nome da nossa terra a muito lado e, mais importante do que tudo, havia a formação do indivíduo e ganhou-se um grande companheirismo entre muita gente da nossa freguesia.
Havia muitos pais que eram «requisitados» para emprestar as suas viaturas para levar a malta, ninguém era compensado monetariamente mas ganhavam ao ver os seus filhos a competir. As provas de atletismo eram eventos aos quais acorriam centenas de pessoas e, em Colares, quando tinham de subir a rua da presinha parecia que nunca mais chegavam lá acima.
Mas a sua história não se resume ao atletismo, fez-se ginástica onde chegámos a fazer demonstrações fosse na sede ou no próprio largo da Igreja.
A pesca foi uma modalidade no Clube e o concurso que se organizava era algo digno de se ver.
A cultura era uma componente importante, com o teatro feito com as pessoas de Colares e os artistas portugueses de topo que se disponibilizavam a vir cantar ao Clube.
As pessoas vinham propositadamente à sede para ver televisão.
Inicialmente o futebol foi uma modalidade com resultados interessantes, quando os pagamentos eram feitos com o «amor à camisola». Mais tarde, quando o «amor à camisola» deixou de ser suficiente, começou a haver dificuldades em se conseguir equipas competitivas em relação a outros clubes que estavam inseridos em meios com muitas empresas as quais disponibilizavam a sua colaboração.
Mas agora o Sport União Colarense conseguiu encontrar o seu nicho de mercado, o BTT. É uma forma de conseguir resultados, praticar desporto e levar o nome de Colares aos vários pontos de Portugal.
Penso que este é o caminho a seguir, encontrar uma modalidade onde se possa ser competitivo, como em Almoçageme nos Bombeiros onde se pratica Andebol sendo caso único no concelho de Sintra.
Para tudo o que foi atrás escrito só utilizei a memória, essa ferramenta falível, não sendo portanto uma descrição exaustiva da vida desta associação.
Parabéns e felicidades são os meus desejos. Amanhã lá estarei. Amanhã lá vos espero.
Guterres foi 1º ministro e saiu do governo queixando-se do pântano.
Ontem, José Sócrates, actual 1º ministro, falou em lama.
Do meu baú de recordações lembrei-me de uma personagem, e sua história, que não tem nada a ver com política.
Havia um jogador de futebol, que era avançado e jogava no melhor clube de Portugal, do Mundo, e arredores. Era conhecido por Nené e marcava golos suficientes para ter a confiança do seu treinador e também do seleccionador nacional.
Os campos de futebol não tinham as condições dos de hoje e se não me falha a memória, nem todos os campos eram relvados. Era normal os jogadores no Inverno, ou quando chovia, ficarem todos enlameados. Rectifico. Ficavam todos cobertos de lama menos o nosso Nené.
Sendo um jogo colectivo, os outros companheiros esforçavam-se, mesmo sujando-se de lama, para conseguir os objectivos do grupo.
Não havia nada a apontar ao equipamento do Nené.
Ainda está para nascer quem no final de um jogo de futebol, em dia de chuva, fique menos enlameado do que o Nené.
Quem se lembra da Enyd Blyton?
Há um blog que costumo visitar http://biclaranja.oldblogs.sapo.pt/ que costuma colocar fotos antigas, de Lisboa mas não só. Gosto de uma foto em especial em que aparece a estação de comboio de Algueirão-Mem Martins, onde os carros para irem para o outro lado ainda passavam por cima da linha.
Este bloguista conhece a nossa zona de Colares, pelos comentários que li.
Mas o tema deste post é que apresenta um link para http://www.misteriojuvenil.com/ onde é apresentada a obra de Enid Blyton que enriqueceu, e muito, a minha infância.
Os cinco, os sete, colecção mistério, aventura, as gémeas, as 4 torres, noddy (para muitos esta é uma surpresa), etc, etc, muitos etc's. Enid Blyton está ao nível, em outra fase da minha vida, de Agatha Christie, com o seu Poirot, miss Marple e muitos outras personagens.
Há várias dezenas de anos atrás, o mestre da Banda de Colares, interrompe o ensaio, volta-se para um dos músicos e pergunta-lhe.
- Oiça lá, que nota é que deu.
- Foi a que eu tenho aqui no papel.
- E qual é a nota que tem aí no papel?
- Foi a que eu dei.
- Mas afinal qual é que foi a nota que deu?
- É aquela que tenho aqui no papel.
Ainda hoje, de vez em quando comentamos esta história nos ensaios.
Mas se fossem realmente teimosos e isso fosse possível, ainda hoje estariam qual Gato Fedorento.
- Qual papel?
- O papel.
- Qual papel?
- O papel.
A Praia das Maçãs é o resultado do assoreamento do rio, estando hoje no seu antigo leito a piscina e o campo de ténis, ficando o rio arrumado a uma extrema, encaminhado por um muro, pois antigamente passava pelo meio da praia.
- Na Carta da barra do Porto de Lisboa, de Johannis Van Keulen, 1680: boca do rio de Colares, indicando 10 e 25 braças de profundidade.
(Se considerarmos que a «braça» era uma antiga medida de comprimento, a braça marítima entre nós tinha 8 palmos, cerca de 1,76m. A que hoje se usa tem duas jardas, ou seja cerca de 1,83m. Então 1,76mx10 ou 25 dá uma enormidade de metros. É só fazer as contas.)
O segundo parágrafo, é retirada do livro COLARES de Maria Teresa Caetano, que pode ser adquirido na Junta de Freguesia de Colares, pois ainda restam alguns exemplares.
É um livro muito interessante, dividido por diversos capítulos, como por exemplo «Do Povoado Muçulmano à Terra Cristã»; «A Vila Medieval» e «Uma "Corte na Aldeia"».
Pergunto a mim mesmo por que é que havia de ter tirado este livro da estante. Agora tenho de o ir ler, novamente.
Fixe.
Realizou-se hoje a homenagem a Almerindo Augusto Ferreira Lavrador.
No momento em que foi pedido ao Terno da Fanfarra do Exército que executasse o «Toque aos Mortos», veio um sinal dos céus, todos os chapéus se abriram para se abrigarem das «lágrimas» em forma de chuva.
No meio de toda aquela gente, que quis estar presente nesta homenagem, era fácil saber quais as pessoas que estiveram na Guerra Colonial, pelos seus olhos vermelhos de sentimentos contidos.
Pela primeira vez estou a reproduzir um post, neste caso do Vitalino Cara D'Anjo, que faz referência à homenagem que vai ser feita a Almerindo Augusto Ferreira Lavrador, «homenagem que se vai realizar no próximo Domingo dia 24, no Mucifal, evocando a memória do companheiro caído na Guiné em 24/09/1966».
INFO
A memória que tenho do tempo da guerra, era os comentários que as pessoas mais velhas faziam quando olhavam para nós rapazotes «coitados, carne para canhão», havendo muitas mães que preferiam ter filhas.
Felizmente quando fui às «sortes», já a guerra tinha acabado.
Na minha opinião, à geração que viveram os horrores de terem combatido na guerra colonial, não lhes foi reconhecido e valorizado o sacrifício, que os condicionou para o resto das suas vidas. Esta é sem dúvida uma justa homenagem a alguém que morreu na guerra, mas que, claro está, se estende a todos os que nela participaram.
Há precisamente 50 anos atrás, os tios casaram pelo registo. Hoje, 19 de Agosto, para comemorar e cumprir a promessa que o tio fez à tia, «casaram pela Igreja».
É esta uma história de amor, muito particular, que deixa um gosto particular à família e um desejo de continuação de uma vida feliz.
Mas aqui fica uma história estupefacta.
Estava um dia o tio a tratar da sua horta e como a aliança incomodava o seu trabalho, retira-a e pendura-a num limoeiro. Pela acção do vento, ou de algum pássaro que tenha pousado na árvore, o facto é que a aliança cai à terra e aí fica perdida. Passados 36 anos, depois de muita cavadela a aliança torna a aparecer.
É caso para dizer que a vida dá muitas voltas, ou quem porfia sempre alcança.
Esta foto é de 1928, mas quem conhece a Praia das Maçãs identifica facilmente esta imagem. Ou é preciso uma ajuda?
Cheguei há um bom bocado da praia Grande. Uma manhã de praia com direito a vários banhos.
Quando me olhei ao espelho, verifiquei que não posso dar descanso ao meu cabelo, pois ele revolta-se e sem pedir licença põe-se em pé.
Veio-me então à memória um episódio que aconteceu no Externato Académico de Sintra, há cerca de 30 anos
Depois de uma futebolada renhida e muito suada, chegou o momento de ir para a aula de desenho, assim chamada antigamente. Passei as mãos pelos cabelos, na vertical, e eles ficaram em pé, firmes e hirtos, como dizia o outro. A professora olha para mim e diz «Nuno o que é que aconteceu?, parece que viste um bicho». Resposta pronta e não pensada, «Professora, eu estava a olhar para si». Ainda hoje de vez em quando penso neste episódio, sem saber quem ficou mais embaraçado, se eu ou a Professora Cristina.
Onde quer que esteja, um beijinho. Sem sustos.
Quem conhece Colares, consegue facilmente identificar esta imagem, com a Igreja Matriz ao fundo
Alfredo Keil foi um artista multifacetado. A sua arte mais conhecida é sem dúvida a música, com a sua composição para A Portuguesa, que terá sido composta na freguesia de Colares, hoje o nosso Hino Nacional.
Para além de compositor, foi também um pintor de mérito, escritor, poeta, fotógrafo e coleccionador de obras de arte.
Alfredo Keil, faleceu a 4 de Outubro de 1907, sendo portanto para o ano a passagem do primeiro centenário da sua morte.
Há muitos anos, quando não havia internet nem televisão, as pessoas conviviam mais. Em uma povoação, o local de encontro para muitos era a barbearia. Falava-se muito e «cortava-se» mais. A vida das pessoas era o tema favorito destas «tertúlias».
Quando chegava o momento de um dos presentes se tornar ausente, já se sabia que este passava a ser o tema da conversa, ficavam-lhe a «cortar na casaca» a eito e a direito. Claro que todos atrasavam ao máximo a sua saída.
Diz-se que, depois de todos sairem, o barbeiro olhava-se ao espelho e comentava:
- Estás a olhar para onde? Ficas a saber que não és melhor que os outros.
Este título podia ter sido usado na comunicação social, mas há algumas décadas atrás. Hoje ninguém acredita que os nossos craques equacionassem sequer esta possibilidade.
Àcerca deste acontecimento gostava de deixar aqui um episódio que aconteceu nesses tempos que já lá vão.
Estava a equipa de todos nós (digo eu), a estagiar nesta antiga unidade hoteleira e como é natural os mirones eram mais que muitos.
Um senhor leva a sua sobrinha na sua bicicleta, por onde passam os campos e os jardins ficam mais arejados e o ramo de flores cresce a olhos vistos. A cachopa, hoje uma senhora muito estimada e de destaque na nossa sociedade, dá o ramo ao capitão (seria o Águas?), ao que ele retribui com duas beijocas. Desde esse dia, esta nossa amiga é uma grande benfiquista contrariando na época a verde vontade de seu pai.
Esta história pode não ter piada para muitos mas tem Graça e isto não é nenhuma contradição.
(Foto retirada do meu link Postais Antigos)
ADENDA - texto escrito pelo Júlio Pacheco no facebook, em comentário a este post.
Nos belos tempos de Colares juntavam-se por vezes os três maiores da altura, que estagiavam no EDEN o Benfica, no CAMARÃO o Belenenses e na Várzea o Sporting. Quando jogavam todos em Lisboa era vê-los (pasme-se) a cortar o CABELO e a fazer a BARBA, No Ti Carlos de Almeida e no Sr. Eufrasio Reis... todos em amena cavaqueira pois a maioria jogava na mesma equipa SELECÇÃO NACIONAL! Homens de barba rija !!!
Sou um apaixonado por postais antigos. Não tanto pela antiguidade dos ditos, mas pelas paisagens, costumes, que reproduzem. Então se forem de Colares, Sintra ou arredores, para saber como era, para ver a evolução ou regressão. Se gostarem também,
vão ao meu link Postais Antigos e deliciem-se
Era uma vez um país, há muitos anos atrás, chamado Portugal, em que os seus governantes tinham necessidade de controlar os seus governados. Para um determinado número de pessoas, cerca de 20 a 30 pessoas, existia um calhandreiro. Esta pessoa tinha por função relatar o que estas pessoas faziam. Passaram-se muito anos e hoje há muitas pessoas, que exercem esta função sem qualquer remuneração, fazendo o seu relatório muitas vezes a quem não pede tal.
Existem muitos nomes no nosso dia-a-dia que tem a sua razão de ser na nossa História.
actualidade(54)
bandabvcolares(19)
benfica(46)
colares(86)
cultura(40)
curiosidades(37)
desporto(31)
economia(5)
efeméride(5)
filosofia(2)
história(12)
História(1)
imagem antiga(22)
keil(3)
lamechas(1)
literatura(1)
mãoamiga(3)
marketing(23)
memorias(20)
memórias(17)
Memórias(13)
negócios(10)
Negócios(2)
parabens(13)
pensar(8)
phrase(1)
piadinha(30)
politica(139)
porto(8)
Português(2)
precário(6)
ps(1)
quebra-tolas(2)
quem nos salva?(31)
rir(3)
sonhar(16)
sporting(16)
útil(10)
video(70)
youtube(64)
Vizinhos
Linkáveis
Política
Utilidades