Uma gravura, pela criatividade do autor, pela sua habilidade ou falta dela, poderá ou não ser uma promessa fidedigna da realidade da época em questão, como estas gravuras seculares, com as alterações impostas pelo tempo e/ou pelo Homem.
Se tivermos em conta a legenda da gravura maior, «Tanque da Várzea de Colares» e os ângulos da árvore que sinalizei em ambas as gravuras, com boa vontade podemos considerar que a gravura mais pequena, executado pelo Rei D. Carlos de Bragança em 1885, também corresponde à ponte da Várzea de Colares.
Os apoios laterais da(s) ponte(s) não correspondem, mas poderá ter havido alguma alteração ou então poderemos estar em presença da já referida criatividade dos autores.
Este aforamento foi feito na vila de Colares a doze de Dezembro de 1499, na presença de Fernão Martins, escudeiro da Casa d'el-Rei, e seu almoxarife no almoxarifado da vila de Sintra, e de Fernão Lopes, escudeiro do dito Senhor e escrivão do dito almoxarifado. Atendendo a que o rei tinha feito mercê por uma carta de fé e crença de D. Nuno, fidalgo da casa do dito Senhor, e seu almotacé-mor, que o meteu nessa posse. El-rei o mandou por D. Pedro de Castro do seu Conselho e vedor de sua fazenda. André Pires a fez.
Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Neste momento de mais uma merecida consagração de um dos nossos, apraz-me escrever as seguintes palavras.
A ligação da família Caruna à Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares já vem de longa data. Domingos Rodrigues Caruna, pai do nosso António Caruna, em 1929 está nos Corpos Sociais da Banda como Tesoureiro faz agora 84 anos. Em 1978 António Caruna é eleito Presidente da Direcção da Banda onde permanece até 1990. Transita então para a Assembleia Geral, até ao ano de 2006, de onde só sai por motivo de doença.
António Caruna, sempre foi olhado com superior respeito, considerado por todos como uma referência, razão pela qual se verificou a sua ligação a todas as Instituições de Colares.
Por vezes, António Caruna, arranjava problemas a muita gente. Em mais do que uma ocasião ouvi pessoas, de reconhecidas capacidades intelectuais, dizerem que era penoso falar depois do senhor Caruna pela sua capacidade de oratória e eloquência.
Foi com ele, que comecei a apreender a necessidade de a Banda ter um espaço próprio. Espaço com a dignidade e funcionalidade que Colares e a Instituição merecem, para o desenvolvimento cultural e social da nossa população. Tenho pena que o sr. Caruna não tenha tido a oportunidade de ver levado a efeito esse desiderato.
No nosso centenário, no ido ano de 1991, a Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares, edita o livro «CEM ANOS DE CULTURA E RECREIO» comemorativo da efeméride, da autoria do nosso irmão António Caruna. Aqui, deixa transparecer o seu amor pela representação, pois o livro é estruturado como se de uma peça de teatro se tratasse. Para tornar o senhor Caruna mais presente nesta sessão solene, para fazer a apresentação desta sua obra, vou socorrer-me das suas próprias palavras. Passo a citar:
Abrangendo tão dilatado período de acção, necessariamente rico de intervenientes, algumas figuras poderão ter sido exageradamente privilegiadas com papéis de primeiro plano em detrimento de outras. Mas todos sabemos que o mérito de qualquer representação teatral não depende exclusivamente do comportamento das figuras visíveis, por muita e importante que tenha sido a sua participação, mas de um somatório de esforços e colaborações, que embora fundamentais e indispensáveis ficam por vezes na penumbra dos bastidores e esquecidas dos aplausos no momento da consagração.
Esta metáfora que nos é apresentada pelo senhor Caruna é muito interessante, onde a vida não passa de uma peça de teatro, onde cada um representa o seu papel, com maior ou menor relevo, com maior ou menor reconhecimento, o guião poderá estar ou não previamente definido, aquilo que muita gente chama o destino.
Nesta obra faz a seguinte dedicatória: «Na pessoa de José Inácio da Costa, um homem-bom de Colares, o preito da minha sincera homenagem a quantos, ao longo de um século e mesmo que anonimamente, contribuiram com o seu amor e a sua dedicação em favor da BANDA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE COLARES».
Homem-bom, é uma expressão que lhe era muito querida para designar figuras de grande relevo de Colares.
Num breve parágrafo, de que eu gosto particularmente, o senhor Caruna caracteriza a história da nossa Banda:
Enriquecido por um passado, caldeado pelas muitas experiências vividas, em clima de euforia ou de algum desânimo, a nossa Banda transporta consigo uma mensagem de esperança e de disponibilidade para cumprir os ideais que motivaram os fundadores, servindo a população geral.
Obrigado António Nunes Rodrigues Caruna, um homem-bom de Colares.
Manda-se a todos os fidalgos, cavaleiros, escudeiros e corregedores, ouvidores, juízes justiças, oficiais e pessoas assim da dita vila como de outras quaisquer que hajam daqui em diante o dito João Lopes por "nosso e sob nossa guarda" e lhe não façam nem consintam ser feito nenhum desaguisado e receba honra favor e todo o bom amparo. Vicente Pires a fez.
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 29, fl. 31v
Muito interessante, os filhos e os enteados digo eu.
Lançamento na internet da WDL, a Biblioteca Digital Mundial. Trata-se de um presente da UNESCO para todos nós. Podemos aceder pelo link www.wdl.org
A seguinte foto e texto foi aí encontrado.
Esta fotografia, de duas jovens polinésias, uma delas tocando o ukulele, é do estado do Havaí, nos Estados Unidos. O ukulele é um instrumento distintamente havaiano, adaptado das pequenas guitarras de quatro cordas trazidas para as ilhas por trabalhadores imigrantes de Portugal no século XIX. A fotografia é da coleção da Biblioteca Comemorativa de Colombo, da Organização dos Estados Americanos (OEA), que inclui 45.000 fotografias ilustrativas da vida e da cultura nas Américas. Muitas das fotografias foram tiradas por importantes fotógrafos em missões da OEA aos países-membros. A OEA foi fundada em abril de 1948, quando 21 países do hemisfério ocidental adotaram o Estatuto da OEA, no qual reafirmavam seu compromisso pela consecução de objetivos comuns e o respeito pela soberania uns dos outros. Desde então, a OEA se expandiu, incluindo as nações do Caribe de língua inglesa, bem como o Canadá. O organização que antecedeu a OEA foi a União Pan-Americana, fundada em 1910 que, por sua vez, originou-se da União Internacional das Repúblicas Americanas, criada durante a Primeira Conferência Internacional dos Estados Americanos, entre 1889-90.
No dia 5 de Outubro, de 2010, aquando do Centenário da Proclamação da República Portuguesa, as Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra quiseram associar-se a esta efeméride resultando daí uma festa com a grandiosidade que a data merecia.
Por motivos diversos, houve músicos que não puderam estar presentes. De qualquer forma é possível ver acima as centenas de filarmónicos que deram o seu contributo para que tudo corresse da melhor forma.
Este ano foi levado a efeito a organização do IV Encontro de Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra, em anos consecutivos, o que confirma a força da filarmonia do concelho de Sintra.
A força da união de vontades que é uma forte força.
Assim seja reconhecida.
10:15 – Desfile com 11 bandas filarmónicas do concelho.
Início no Jardim do Soldado Desconhecido, passando pela Rua Dr. Alfredo Costa, Largo Dr. Vergílio Horta, terminando nos Paços do Concelho - Sintra.
10:30 – Hastear da Bandeira com 11 bandas do concelho ao som do Hino nacional tocado por mais de 500 músicos.
Paços do Concelho - Sintra.
10:45 – Desfile com 11 bandas filarmónicas do concelho.
Volta do Duche - Sintra.
11:00 – Concentração das 11 bandas filarmónicas do concelho para tocar o Hino de Sintra.
As Bandas da freguesia de Colares, nomeadamente de Almoçageme, Colares e Mucifal irão integrar esta comemoração, estando previsto um desfile e actuação conjunta de todas as Bandas presentes.
É já no próximo dia 5 de Outubro que se vai comemorar o Centenário da proclamação da República Portuguesa.
Em Sintra, as Bandas Filarmónicas do Concelho, vão todas juntas, como se de uma só se tratasse, marchar executando uma marcha, desde o Soldado Desconhecido até à Câmara de Sintra. Aqui, tocar-se-à o Hino Nacional. De seguida este grande grupo de músicos irá a marchar, pela chamada Volta do Duche, até ao Palácio da Vila, onde se fará ouvir o Hino de Sintra.
Como curiosidade, convido a uma olhadela a este post, onde é descrito um pouco da vida de Alfredo Keil e informa onde é que a Portuguesa foi escrita, informação esta passada pelo filho de Alfredo Keil, Luís Cristiano Cinatti Keil.
Deco divide, selecção soma problemas e Queiroz multiplica dores de cabeça
Para completar o quadro, aritmético, vamos a ver se a selecção tem menos pontos do que os necessários para passar à fase seguinte.
Provavelmente lágrima alguma lobrigaria alguém em minha face deslizando. Mas gente contente há porque assim desviado o olhar do pântano que já difícil de ignorar é. E quando uma outra vez mais, quem sabemos, do lodaçal se afastar quiser, outro alguém sentar-se-à em aquecida cadeira do poder por quem de seu nome só sabe que nada sabe e todos os dias em tal mais pessoas há a acreditar. Mas esse novo outro a usar agora o usado assento, sem varinha mágica poder agitar, vir os problemas a crescer e a agravar, alto e bom som se ouvirá, sem corar quem tal profere, que o agora sentado culpado é do que está acontecido. Será a história a repetir-se, o círculo a fechar e quem de igual mesmo lugar não sai? Nós e o pântano.
Mas importante é Queiroz dizer que o ambiente é saudável e que não há problemas na selecção. Isso é que é importante: haver alguém que não tem problemas!
Era uma vez um país, há muitos anos atrás, chamado Portugal, em que os seus governantes tinham necessidade de controlar os seus governados. Para um determinado número de pessoas, cerca de 20 a 30 pessoas, existia um calhandreiro. Esta pessoa tinha por função relatar o que estas pessoas faziam. Passaram-se muito anos e hoje há muitas pessoas, que exercem esta função sem qualquer remuneração, fazendo o seu relatório muitas vezes a quem não pede tal.
Existem muitos nomes no nosso dia-a-dia que tem a sua razão de ser na nossa História.
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