Neste momento de mais uma merecida consagração de um dos nossos, apraz-me escrever as seguintes palavras.
A ligação da família Caruna à Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares já vem de longa data. Domingos Rodrigues Caruna, pai do nosso António Caruna, em 1929 está nos Corpos Sociais da Banda como Tesoureiro faz agora 84 anos. Em 1978 António Caruna é eleito Presidente da Direcção da Banda onde permanece até 1990. Transita então para a Assembleia Geral, até ao ano de 2006, de onde só sai por motivo de doença.
António Caruna, sempre foi olhado com superior respeito, considerado por todos como uma referência, razão pela qual se verificou a sua ligação a todas as Instituições de Colares.
Por vezes, António Caruna, arranjava problemas a muita gente. Em mais do que uma ocasião ouvi pessoas, de reconhecidas capacidades intelectuais, dizerem que era penoso falar depois do senhor Caruna pela sua capacidade de oratória e eloquência.
Foi com ele, que comecei a apreender a necessidade de a Banda ter um espaço próprio. Espaço com a dignidade e funcionalidade que Colares e a Instituição merecem, para o desenvolvimento cultural e social da nossa população. Tenho pena que o sr. Caruna não tenha tido a oportunidade de ver levado a efeito esse desiderato.
No nosso centenário, no ido ano de 1991, a Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares, edita o livro «CEM ANOS DE CULTURA E RECREIO» comemorativo da efeméride, da autoria do nosso irmão António Caruna. Aqui, deixa transparecer o seu amor pela representação, pois o livro é estruturado como se de uma peça de teatro se tratasse. Para tornar o senhor Caruna mais presente nesta sessão solene, para fazer a apresentação desta sua obra, vou socorrer-me das suas próprias palavras. Passo a citar:
Abrangendo tão dilatado período de acção, necessariamente rico de intervenientes, algumas figuras poderão ter sido exageradamente privilegiadas com papéis de primeiro plano em detrimento de outras. Mas todos sabemos que o mérito de qualquer representação teatral não depende exclusivamente do comportamento das figuras visíveis, por muita e importante que tenha sido a sua participação, mas de um somatório de esforços e colaborações, que embora fundamentais e indispensáveis ficam por vezes na penumbra dos bastidores e esquecidas dos aplausos no momento da consagração.
Esta metáfora que nos é apresentada pelo senhor Caruna é muito interessante, onde a vida não passa de uma peça de teatro, onde cada um representa o seu papel, com maior ou menor relevo, com maior ou menor reconhecimento, o guião poderá estar ou não previamente definido, aquilo que muita gente chama o destino.
Nesta obra faz a seguinte dedicatória: «Na pessoa de José Inácio da Costa, um homem-bom de Colares, o preito da minha sincera homenagem a quantos, ao longo de um século e mesmo que anonimamente, contribuiram com o seu amor e a sua dedicação em favor da BANDA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE COLARES».
Homem-bom, é uma expressão que lhe era muito querida para designar figuras de grande relevo de Colares.
Num breve parágrafo, de que eu gosto particularmente, o senhor Caruna caracteriza a história da nossa Banda:
Enriquecido por um passado, caldeado pelas muitas experiências vividas, em clima de euforia ou de algum desânimo, a nossa Banda transporta consigo uma mensagem de esperança e de disponibilidade para cumprir os ideais que motivaram os fundadores, servindo a população geral.
Obrigado António Nunes Rodrigues Caruna, um homem-bom de Colares.
actualidade(54)
bandabvcolares(19)
benfica(46)
colares(86)
cultura(40)
curiosidades(37)
desporto(31)
economia(5)
efeméride(5)
filosofia(2)
história(12)
História(1)
imagem antiga(22)
keil(3)
lamechas(1)
literatura(1)
mãoamiga(3)
marketing(23)
memorias(20)
memórias(17)
Memórias(13)
negócios(10)
Negócios(2)
parabens(13)
pensar(8)
phrase(1)
piadinha(30)
politica(139)
porto(8)
Português(2)
precário(6)
ps(1)
quebra-tolas(2)
quem nos salva?(31)
rir(3)
sonhar(16)
sporting(16)
útil(10)
video(70)
youtube(64)
Vizinhos
Linkáveis
Política
Utilidades