É verdade, aqui está o post com atraso de alguns dias, mas considero este o tempo oportuno para o partilhar.
Este post vem no seguimento da minha anterior afirmação que temos muito que aprender com as vivências dos mais velhos. Basta estarmos atentos e o transmissor e o receptor estarem interessados. A tradição oral é uma forma, por vezes a única, muito importante para a transmissão e apreensão de conhecimento.
O senhor António José, nunca conheceu Alfredo Keil, e o filho, Luís Keil, era já pessoa adulta quando o nosso conterrâneo era ainda criança. Pelo que percebi este chegou a andar com o, hoje septuagenário, senhor António José ao colo.
Em conversa com o senhor António José, ele sai-se com uma frase que eu considero de muito interessante. Foi mais ou menos assim - «O filho do Alfredo Keil, o Luís, disse que o pai compôs a "Portuguesa" mais tarde aproveitada para fazer o Hino Nacional, na casa em que passava algumas temporadas em Colares.»
- Mas em qual - perguntei eu, em estado alerta, estupefacto, pois nunca antes tinha ouvido tal. Havia quem dissesse que provavelmente teria sido composto na Eugaria, ou na Praia das Maçãs, ainda que não tenha tentado averiguar se o tempo que passou nessas propriedades foi antes ou depois da obra ter sido composta.
- É a número 14, da Rua Cândido dos Reis, aquela casa que tinha uma escada exterior, a qual ficava muito bonita. - Na verdade não tenho memória dessa escada e a rua sempre foi mais conhecida como «Rua da Cruz», nomeada assim, provavelmente, por uma pequena cruz que está à esquerda no primeiro arco, como quem vai para o Penedo.
Esta é a casa que referi acima, na Rua Cândido dos Reis, 14, onde a família Keil passava algumas temporadas.
Este, aparentemente, simples papel, é porventura a obra que lhe granjeou maior visibilidade e notoriedade e Colares estará para sempre associado a ela. É a partitura da Portuguesa, mais tarde adaptada para Hino Nacional.
Para apresentar outra valência artística, das muitas, de Alfredo Keil, deixo aqui algumas pinturas que já anteriormente coloquei aqui no Estupefacto. Nesta obra de Alfredo Keil, em Colares, podemos ver à esquerda o edifício onde está hoje situado, no rés-do-chão, a drogaria e ao fundo apresenta-se a Igreja Paroquial.
Rua da Quinta do Conde 13 em Colares, quase paredes meias com a casa onde Alfredo Keil poderá ter escrito a música d'A Portuguesa, que veio a dar origem à música do Hino Nacional como em cima descrito.
Pintura de Colares, vista da Rua que vai dar à Quinta do Conde. Rua que vale, muito, a pena conhecer. O empedrado do caminho, o espaço verdejante, outro arco desembocando na Estalagem da Quinta do Conde, à direita uma excelente vista sobre a Várzea de Colares, e em frente o Palácio brasonado, que está a ser finalizado o seu restauro. Perfeitamente enquadrada na Colares Romântica de beleza impar.
Um dia destes, eu sei, eu sei, mais uma promessa, como ia a dizer, um dia destes vou colocar aqui, umas fotos desta rua, com passeio que finaliza na Quinta do Corvo, espaço de Turismo Rural.
Este é o já conhecido Pelourinho de Colares, do qual já aqui coloquei, anteriormente, uma foto de 1962. É possível vislumbrar-se o sino da Igreja da Misericórdia de Colares.
actualidade(54)
bandabvcolares(19)
benfica(46)
colares(86)
cultura(40)
curiosidades(37)
desporto(31)
economia(5)
efeméride(5)
filosofia(2)
história(12)
História(1)
imagem antiga(22)
keil(3)
lamechas(1)
literatura(1)
mãoamiga(3)
marketing(23)
memorias(20)
memórias(17)
Memórias(13)
negócios(10)
Negócios(2)
parabens(13)
pensar(8)
phrase(1)
piadinha(30)
politica(139)
porto(8)
Português(2)
precário(6)
ps(1)
quebra-tolas(2)
quem nos salva?(31)
rir(3)
sonhar(16)
sporting(16)
útil(10)
video(70)
youtube(64)
Vizinhos
Linkáveis
Política
Utilidades